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Ativista LGBTQ+ diz que Boys and Girls Club salvou sua vida

Sep 26, 2023

MONTEREY PARK, Califórnia – Erguer a bandeira em frente ao Boys and Girls Club de West San Gabriel Valley é um dever que Angel Silva não considera levianamente.

"É uma sensação incrível", disse ele enquanto prendia as travas nas argolas. "Parece a primeira vez."

Ele saberia. Ele foi a primeira pessoa a içar a bandeira do arco-íris nas instalações do Monterey Park, onde agora ela balança não apenas em junho, mas o ano todo. Sim, ele admite, houve oposição inicial da comunidade ao redor. Em um ponto, foi até roubado.

"Tivemos pessoas que, claro, querem que derrubemos, não acham certo", explicou ele, "mas dizemos a eles que estamos aqui para mostrar que aceitamos todos e que é um lugar para todos."

Silva, que chegou ao Boys and Girls Club de West San Gabriel Valley como um menino há mais de uma década, estava nervoso que o bullying que ele sofreu na escola pudesse segui-lo aqui também.

"Por que você é tão feminina? Por que você fala assim? Por que suas mãos se mexem tanto?" ele se lembrou de seus colegas de classe provocando. "Eu já estava com medo na escola. Então vir aqui foi uma coisa ainda mais assustadora. Porque [havia] mais crianças que eu não conhecia."

Embora inicialmente ele se escondesse sob as mesas de bilhar, ele rapidamente descobriu que a sede do clube era um espaço seguro, um lugar onde ele poderia crescer, crescer confiante e se tornar um líder. Silva sugeriu a bandeira. Ele também ajudou a criar um programa LGBTQ+ chamado DNA, que significa Definições não Aplicáveis.

Sua visão não se limita ao prédio da Romona Avenue, onde passou mais da metade de sua vida. Há alguns anos, ele ajudou a organizar a primeira parada e festival do orgulho gay no vale de San Gabriel — um evento que cresceu ano após ano. O terceiro encontro anual será realizado no sábado e Silva espera a presença de cerca de 1.000 pessoas.

Aida Diaz é diretora de Planejamento, Treinamento e Projetos. Como Silva, ela cresceu na sede do clube e trabalha lá há duas décadas.

"Eu vim de uma casa de mãe solteira", explicou ela sobre sua própria jornada, "então este lugar foi muito importante para mim. E por causa deste lugar, sou quem sou hoje."

Ela viu Silva entrar como um tímido garoto de 6 anos e o observou se transformar ao longo dos anos em um colega valioso.

"Acho que o Boys and Girls Club realmente estabeleceu as bases para ele e foi uma segunda casa para ele, onde ele foi capaz de florescer e se sentir confortável", explicou Diaz. "Nós nos tornamos mais do que apenas, você sabe, uma equipe. Somos como uma família."

"Encontrar este lugar realmente salvou minha vida e fez de mim quem eu sou", disse Silva, surpreso com suas próprias emoções. "Sem eles, acho que nem estaria aqui. Acho que ainda estaria escondido."

Mas na sede do clube, ele se sente visto e celebrado. De pé no lounge para adolescentes e adolescentes, que ele ajudou a projetar, ele aponta para uma fotomontagem na parede, com seu rosto em destaque. Foi uma esperada surpresa revelada quando cortaram a fita do espaço repaginado e que ele considera uma grande honra.

Olhando para o rosto do menino que lutou contra o TDAH, bullying e medo, o jovem de 20 anos, vestido com uma camisa de arco-íris combinada com tênis Converse de arco-íris e uma brilhante manicure de arco-íris, disse que diria a ele para não ter medo.

"Eu apenas diria a ele 'você fez isso'", disse Silva. "'Você se formou no ensino médio, muitas pessoas não achavam que você iria se formar no ensino médio. E agora você tem um trabalho incrível. Você está ajudando crianças que são como você.'"